Antologia da Poesia Erótica e Satírica: Dos Cancioneiros Medievais à Actualidade
NATÁLIA CORREIA, selecção, pref. e notasilust. do pintor Cruzeiro Seixas
badanas de Luiz Francisco Rebello e David Mourão-Ferreira
s.l., s.d. [Lisboa, 1965]
Afrodite (Fernando Ribeiro de Mello)
1.ª edição
19,2 cm x 12,6 cm
552 págs. + 6 folhas em extratexto
Antologia da Poesia Erótica e Satírica: Dos Cancioneiros Medievais à Actualidade
NATÁLIA CORREIA, selecção, pref. e Sem as ilustrações do pintor Cruzeiro Seixas
Badanas de Luiz Francisco Rebello e David Mourão-Ferreira
Rio de Janeiro s.d. [Lisboa, 1965]
Afrodite (Fernando Ribeiro de Mello)
1.ª edição ( clandestina editada no Rio de Janeiro depois da proibição da obra em Portugal?
19,2 cm x 12,6 cm
552 págs. + 6 folhas em extratexto
Antologia da Poesia Erótica e Satírica: Dos Cancioneiros Medievais à Actualidade
NATÁLIA CORREIA, selecção, pref. e notasilust. do pintor Cruzeiro Seixasbadanas de Luiz Francisco Rebello e David Mourão-Ferreira
Lisboa: Antígona e Frenesi, 3ª Edição, 1999. 485 p.
2.ª edição da obra em comemoração do 20º aniversário da publicação
3º Exemplar - Edição de 1999 da Antígona em colaboração com a Frenesi -
Muito bom estado de conservação
Antologia de poesia portuguesa erótica e satírica (dos cancioneiros medievais à actualidade) / sel., pref. e notas Natália Correia
il. Cruzeiro Seixas. ~
4ª ed. - Lisboa : Ponto de Fuga, 2019
559 p. : il. ; 243 cm.
ISBN 978-989-8881-15-1
«Julgamento de Escritores por Motivo da Publicação de um Livro Tido por Imoral – No banco dos réus estão, esta tarde, no Plenário Criminal da Boa Hora, os escritores e poetas Mário Cesariny de Vasconcelos, Luís Pacheco, José Carlos Ary dos Santos e Natália Correia e, ainda, o comerciante Fernando Ribeiro de Melo, o empregado de escritório Francisco Marques Esteves e o técnico têxtil Ernesto Geraldes de Melo e Castro, como presumíveis delinquentes no processo movido pelo Ministério Público, em consequência da publicação do livro “Antologia de Poesia Portuguesa Erótica e Satírica”, a qual foi considerada “abuso de liberdade de Imprensa”.
Segundo a acusação, o livro [...] inclui algumas poesias que “ofendem o pudor geral, a decência e os bons costumes”.
Na tribuma do Ministério Público, toma lugar o dr. Costa Saraiva, ajudante do procurador da República; como patronos dos acusados, intervêm os drs. João da Palma Carlos, Luso Soares, José Vera Jardim, Francisco Vicente, Salgado Zenha e António de Sousa.»
Citado do Observador http://observador.pt/especiais/ha-50-anos-a-indecencia-de-natalia-correia-libertou-nos/
"Segundo o relato do Diário de Lisboa de 21 de Março desse ano, acabaram condenados, no julgamento que terminou a 21 de Março de 1970, Natália Correia, o editor Fernando Ribeiro de Mello, a 90 dias de prisão correccional, substituíveis por igual tempo de multa a 50$00 por dia e mais 15 dias de multa à mesma taxa. Também foram distribuídas penas de 45 dias de prisão – substituíveis por multas — para os escritores Luiz Pacheco (que foi dispensado de pagar por causa da sua situação económica), Mário Cesariny de Vasconcelos, José Carlos Ary dos Santos e Ernesto de Melo e Castro. As penas de Natália, Cesariny, Ary dos Santos e Melo e Castro foram suspensas pelo período de três anos. Os livros apreendidos foram declarados perdidos a favor do Estado para serem destruídos.
A terceira edição da “Antologia” surgiu em 1999 com o selo de uma associação entre a Antígona e a Frenesi, quando as editoras cumpriam 20 anos de existência. Luís de Oliveira e Paulo da Costa Domingos justificam-se: “Dois editores, a contrapelo de quem antes e de quem depois tentou disfarçar a festa do corpo, selam, aqui e em público, a sua inabalável amizade, dando, pois, expressão física a um tão forte conjunto de poemas eróticos e satíricos”. O livro fecha com espírito anárquico, apelando ao prazer: “Os editores dedicam o esforço posto nesta edição aos leitores que fazem do erotismo prática viva e satirizam os costumes e a ordem”. Uma dedicatória à altura de Natália."
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