Memo Kovaçi
Dritero Agolli
Edições Maria da Fonte
Coleção Cultura Popular, nº 3
1ª edição
Editora Maria Isabel Pinto Ventura
Trad Celeste Alves Pedro
Capa Maria José Sacadura
(1977)
318 p
Coleção Cultura Popular, nº 3
1ª edição
Editora Maria Isabel Pinto Ventura
Trad Celeste Alves Pedro
Capa Maria José Sacadura
(1977)
318 p
Dritëro
Agolli
Dritëro Agolli (nascido em 1931) é um albanês poeta, escritor, político e ex-presidente da extinta Liga albanesa de Escritores e Artistas . Estudou em Leningrado na União Soviética e escreveu principalmente poesia , mas também histórias curtas, ensaios , peças de teatro e novelas. Foi o chefe da Liga albanesa de Escritores e Artistas responsável do expurgo de Fadil Paçrami e Lubonja Todi na Quarta Sessão Plenária do Partido do Trabalho da Albânia desde 1973 até 1992.
O autor foi acusado de revisionismo soviético num momento em que o partido tinha chamado para mais maoístas conceitos revolucionários da literatura e de maior devoção para as massas trabalhadoras
Embora Agolli fosse uma figura proeminente na nomenclatura comunista, permaneceu um pilar muito respeitada da vida pública e literária, após a queda da ditadura, e ainda é um dos autores mais lidos na Albânia.
Sobre as Edições Maria da Fonte
Editora fundada Manuel Quirós e sua companheira Maria Isabel Pinto Ventura.
Manuel Armando Giménez González Quirós, de seu
nome completo, nasceu em 1939 e despertou para a actividade política em pleno
“furação” causado pelas eleições de Humberto Delgado, em 1958, que lhe
levou a percorrer um caminho diferente, o da luta contra o degenerado Estado
Novo. Em 1960 aderiu ao PCP, donde, em ruptura, sairia
com um destacado núcleo de militantes para fundar em 1964 a Frente de
Acção Popular (FAP) e o Comité Marxista-Leninista Português
(CMLP), que não foi mero acto de inclinação
individual, mas tão-somente uma sentida necessidade de romper com a via
pacifista e promover a luta armada revolucionária, as bases essenciais desta
primeira cisão de esquerda.
Em finais de 1969, saído da prisão política, foi expulso da docência e proibido de exercer o
ministério de professor do ensino técnico, dedicando-se desde então à tradução e
posterior edição no sector livreiro. Homem de acção, dinâmico e empreendedor,
pensador intelectual brilhante profundamente engajado na luta contra a ditadura
fascista, fundaria em 1973 as Edições Maria da Fonte,
um marco de referência.
Num curto espaço de três anos publicaria dezenas
de obras de doutrinação marxista-leninista, análise política e literatura
revolucionária, quase sempre por si traduzidas, fruto do seu imenso
labor. Devido à pujança deste projecto, a editora sobreviveu,
pelo menos, até ao fim da década de 1970.
Neste período, antes de 25 de Abril, foi ainda cronista dos jornais progressistas COMÉRCIO DO FUNCHAL e NOTÍCIAS
DA AMADORA: Semanário Popular, continuando a desenvolver várias acções na
clandestinidade. Um exemplo de dedicação à luta antifascista.
Morreu em 1975 em pleno fulgor revolucionário.
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