Vôo Nocturno
Antoine de Saint Exupéry
Edição Círculo de Leitores
1975
142p.
Num tempo em que os voos nocturnos eram motivo de discussão pelos perigos que representavam, esta é a história de uma esperança e de uma ameaça. A história de Fabien, no seu voo ameaçado pela tempestade. A de Rivière, determinado a provar que os voos nocturnos não são motivo de medo, mesmo que isso implique ser cruel e injusto. E a de todos os que viviam nessa circunstância de medo das possibilidades, dos pilotos que conseguiam atingir o seu destino, das mulheres que esperavam, com todas as suas forças, que os maridos pudessem regressar a salvo, da estranha hierarquia que ditava que um homem pudesse sentir carinho para com os seus subordinados, mas que nunca o poderia dar a conhecer.
Escrito de forma quase poética, alternando momentos de tensão onde personagens têm de agir como extremamente insensíveis, com instantes de profunda sensibilidade, este é um livro que, desde o início, coloca perante o leitor a estranha sensação da tragédia ainda por surgir, mas, apesar da constante ideia de que tudo poderá acabar mal, é o sonho que se entrelaça na tensão da dúvida, na insistência em alcançar o objectivo, para criar momentos de verdadeira esperança que fazem duvidar se o final será mesmo aquele para que todas as circunstâncias apontam.
Marcante, por vezes cruel, dolorosa em diversas circunstâncias, esta é uma história que, apesar da sua brevidade, permanece na mente do leitor, não só pela força emotiva, mas pela forma como a esperança - mesmo num cenário tão sombrio - prevalece, constante, em cada acto.
Sobre o autor
ANTOINE DE SAINT-EXUPERY - BIOGRAFIA
Antoine-Jean-Baptiste-Marie-Roger Foscolombe de Saint-Exupéry (29 de junho de 1900, Lyon - 31 de julho de 1944, Mar Mediterrâneo) foi um escritor, ilustrador e piloto da Segunda Guerra Mundial, terceiro filho do conde Jean Saint-Exupéry e da condessa Marie Foscolombe.
Apaixonado desde a infância pela mecânica, estudou a princípio no colégio jesuíta de Notre-Dame de Saint-Corix, em Mans, de 1909 a 1914. Neste ano da Primeira Guerra Mundial, juntamente com seu irmão François, transfere-se para o colégio dos Maristas, em Friburgo, na Suíça, onde permanece até 1917. Quatro anos mais tarde, em abril de 1921, Antoine inicia o serviço militar no 2º Regimento de Aviação de Estrasburgo, depois de reprovado nos exames para admissão da Escola Naval.
A 17 de junho, obtém em Rabat, para onde fora mandado, o brevê de piloto civil. No ano seguinte, 1922, já é piloto militar brevetado, com o posto de subtenente da reserva. Em 1926, recomendado por amigo, o Abade Sudour, é admitido na Sociedade Latécoère de Aviação, onde começa então sua carreira como piloto de linha, voando entre Toulouse, Casablanca e Dacar, na mesma equipe dos pioneiros Vacher, Mermoz, Guillaumet e outros. Foi por essa época, quando chefiou o posto de Cap Juby, que os mouros lhe deram o cognome de senhor das areias.[carece de fontes?]
Faleceu durante uma missão de reconhecimento sobre Grenoble e Annecy. Recentemente, o alemão Horst Rippert assumiu ser o autor dos tiros responsáveis pela queda do avião e disse ter lamentado a morte de Saint-Exupéry. Em 3 de novembro, em homenagem póstuma, recebeu as maiores honras do exército. Em 2004, os destroços do avião que pilotava foram achados a poucos quilômetros da costa de Marselha. Seu corpo jamais foi encontrado.
Obra
Suas obras são caracterizadas por alguns elementos como a aviação e a guerra. Também escreveu artigos para várias revistas e jornais da França e outros países, sobre muitos assuntos, como a guerra civil espanhola e a ocupação alemã da França.
Destaca-se O pequeno príncipe (O Principezinho, em Portugal) (1943), romance de grande sucesso de Saint-Exupéry. Foi escrito durante o exílio nos Estados Unidos, quando teria feito visitas ao Recife.
O pequeno príncipe pode parecer simples, porém apresenta personagens plenos de simbolismos: o rei, o contador, o geógrafo, a raposa, a rosa, o adulto solitário e a serpente, entre outros. O personagem principal vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto. Tinha também uma flor, uma formosa flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranqüilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu repensar o que é realmente importante na vida.
O romance mostra uma profunda mudança de valores, e sugere ao leitor o quão equivocada pode ser nossos julgamentos, e como eles podem nos levar à solidão. O livro leva a reflexão sobre a maneira nos tornamos adultos, entregues às preocupações diárias, e esquecidos da criança que fomos e somos.
"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós". - Antoine de Saint-Exupéry
Livros
* L'Aviateur (O aviador) - 1926
* Courrier sud (Correio do Sul) - 1929
* Vol de nuit (Vôo Noturno) - 1931
* Terre des hommes (Terra dos Homens) - 1939
* Pilote de guerre (Piloto de Guerra) - 1942
* Le Petit Prince (O Pequeno Príncipe ou O Principezinho) - 1943
* Lettre à un otage - 1943/1944
Póstumos
* Citadelle - 1948
* Lettres de jeunesse - 1953
* Carnets - 1953
* Lettres à sa mère - 1955
* Écrits de guerre - 1982
* Manon, danseuse - 2007
Apaixonado desde a infância pela mecânica, estudou a princípio no colégio jesuíta de Notre-Dame de Saint-Corix, em Mans, de 1909 a 1914. Neste ano da Primeira Guerra Mundial, juntamente com seu irmão François, transfere-se para o colégio dos Maristas, em Friburgo, na Suíça, onde permanece até 1917. Quatro anos mais tarde, em abril de 1921, Antoine inicia o serviço militar no 2º Regimento de Aviação de Estrasburgo, depois de reprovado nos exames para admissão da Escola Naval.
A 17 de junho, obtém em Rabat, para onde fora mandado, o brevê de piloto civil. No ano seguinte, 1922, já é piloto militar brevetado, com o posto de subtenente da reserva. Em 1926, recomendado por amigo, o Abade Sudour, é admitido na Sociedade Latécoère de Aviação, onde começa então sua carreira como piloto de linha, voando entre Toulouse, Casablanca e Dacar, na mesma equipe dos pioneiros Vacher, Mermoz, Guillaumet e outros. Foi por essa época, quando chefiou o posto de Cap Juby, que os mouros lhe deram o cognome de senhor das areias.[carece de fontes?]
Faleceu durante uma missão de reconhecimento sobre Grenoble e Annecy. Recentemente, o alemão Horst Rippert assumiu ser o autor dos tiros responsáveis pela queda do avião e disse ter lamentado a morte de Saint-Exupéry. Em 3 de novembro, em homenagem póstuma, recebeu as maiores honras do exército. Em 2004, os destroços do avião que pilotava foram achados a poucos quilômetros da costa de Marselha. Seu corpo jamais foi encontrado.
Obra
Suas obras são caracterizadas por alguns elementos como a aviação e a guerra. Também escreveu artigos para várias revistas e jornais da França e outros países, sobre muitos assuntos, como a guerra civil espanhola e a ocupação alemã da França.
Destaca-se O pequeno príncipe (O Principezinho, em Portugal) (1943), romance de grande sucesso de Saint-Exupéry. Foi escrito durante o exílio nos Estados Unidos, quando teria feito visitas ao Recife.
O pequeno príncipe pode parecer simples, porém apresenta personagens plenos de simbolismos: o rei, o contador, o geógrafo, a raposa, a rosa, o adulto solitário e a serpente, entre outros. O personagem principal vivia sozinho num planeta do tamanho de uma casa que tinha três vulcões, dois ativos e um extinto. Tinha também uma flor, uma formosa flor de grande beleza e igual orgulho. Foi o orgulho da rosa que arruinou a tranqüilidade do mundo do pequeno príncipe e o levou a começar uma viagem que o trouxe finalmente à Terra, onde encontrou diversos personagens a partir dos quais conseguiu repensar o que é realmente importante na vida.
O romance mostra uma profunda mudança de valores, e sugere ao leitor o quão equivocada pode ser nossos julgamentos, e como eles podem nos levar à solidão. O livro leva a reflexão sobre a maneira nos tornamos adultos, entregues às preocupações diárias, e esquecidos da criança que fomos e somos.
"Aqueles que passam por nós, não vão sós, não nos deixam sós. Deixam um pouco de si, levam um pouco de nós". - Antoine de Saint-Exupéry
Livros
* L'Aviateur (O aviador) - 1926
* Courrier sud (Correio do Sul) - 1929
* Vol de nuit (Vôo Noturno) - 1931
* Terre des hommes (Terra dos Homens) - 1939
* Pilote de guerre (Piloto de Guerra) - 1942
* Le Petit Prince (O Pequeno Príncipe ou O Principezinho) - 1943
* Lettre à un otage - 1943/1944
Póstumos
* Citadelle - 1948
* Lettres de jeunesse - 1953
* Carnets - 1953
* Lettres à sa mère - 1955
* Écrits de guerre - 1982
* Manon, danseuse - 2007
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