Manifesto Anti-Dantas e por extenso por
José de Almada-Negreiros
poeta D'Orpheu
Futurista e tudo
3ª Edição
Lisboa
Edições Ática
2000
15 p.
Opúsculo como novo da reedição do famoso manifesto modernista Anti-Dantas. Impresso com capa cartonada e miolo agrafado. Assinatura do proprietário coevo na página de rosto datado de Dezembro de 2000.
Edição que respeita a grafia original do autor.
Cronologia / Biografia de José de Almada Negreiros citada de http://www.vidaslusofonas.pt/almada_negreiros.htm
1893: Nasce em S.Tomé e Príncipe - 1896: Morte da mãe. - 1900: Entra como aluno interno no Colégio dos Jesuítas, em Campolide. O pai casa novamente - 1905: Redige e ilustra jornais manuscritos - 1910 : É extinto o Colégio dos Jesuítas. Vai para Coimbra - 1911: Lisboa. Ingressa na Escola Internacional - 1915: Escreve o Manifesto Anti-Dantas - 1919: Vai para Paris - 1920: Regressa a Lisboa - 1925: Pinta dois painéis para a Brasileira do Chiado - 1927: Parte para Madrid - 1932: Regressa a Lisboa - 1933: Casa com Sarah Afonso - 1934: Nasce o filho José - 1938: Conclui os vitrais da Igreja de Nª Senhora de Fátima - 1939: Morre o pai em Paris. - 1943: Faz os estudos preparatórios para os frescos da Gare Marítima de Alcântara - 1954: Pinta o retrato de Fernando Pessoa para o restaurante Irmãos Unidos - 1966: É eleito membro honorário da Academia Nacional de Belas Artes -1967: Recebe o Grande Oficialato da Ordem de Santiago e Espada - 1970: Morre em Lisboa.
... O movimento artístico português necessita de inovação. Os artistas plásticos continuam a satisfazer os gostos de uma sociedade burguesa. O naturalismo predomina na arte. Os impressionistas não têm repercussões em Portugal. É um país limitado. Almada sabe-o. Há que dizê-lo.
Em 1913 publica o primeiro desenho n’A Sátira - é necessário agitar a mentalidade artística portuguesa. No mesmo ano faz a primeira exposição individual. São cerca de 90 desenhos.
Fernando Pessoa escreve uma crítica à exposição. Quando Almada o aborda, responde-lhe que não percebe nada de arte... Nasce a amizade.
Entretanto Almada não pára. Colabora em várias publicações. Faz ilustrações. Escreve a primeira poesia. Desenha o primeiro cartaz. Junta-se com outros artistas.
Em 1915 sai o primeiro número da revista ORPHEU. Algum escândalo
Júlio Dantas deprecia o trabalho. Reacções à inovação. Critica a publicidade feita à revista. Afirma não haver justificação para o sucesso. Diz que os autores são pessoas sem juízo.
A 21 de Outubro do mesmo ano estreia-se a peça Soror Mariana. O autor é Júlio Dantas. Almada vai agora reagir. Publica o Manifesto Anti-Dantas e por extenso. O manifesto não é apenas contra Dantas. É uma reacção contra uma geração tradicionalista, uma sociedade burguesa, um país limitado.
"... Basta PUM Basta!
Uma geração, que consente deixar-se representar por um Dantas é uma geração que nunca o foi. É um coio d’indigentes, d’indignos e de cegos! É uma resma de charlatães e de vendidos, e só pode parir abaixo de zero! Abaixo a geração!
Morra o Dantas, morra! PIM!
No fim assina: POETA D' ORPHEU, FUTURISTA E TUDO.
Exemplar muito estimado, capa e miolo limpos
Mário Viegas recitando o manifesto - contém um extrato inédito do autor a ler o manifesto
http://www.youtube.com/watch?v=Izz4aoZ1Bsw&sns=fb
Mário Viegas recitando o manifesto - contém um extrato inédito do autor a ler o manifesto
http://www.youtube.com/watch?v=Izz4aoZ1Bsw&sns=fb
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