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sábado, 25 de janeiro de 2014

Natália Correia. Comunicação. Lisboa: Contraponto. 1959. 1ª edição

Natália Correia
Comunicação
Em qve se da noticia
dvma cidade chamada vvlgarmente
Lvsitania
atraves algvns fragmentos
dos oxyrhynchus papyri
interpretados pela avtora
qve deseiando ivlgar o sev
tempo ovsov ler no passado
a signa do presente
Lisboa
sd [1959]
Contraponto [Luiz Pacheco]
17 p

PEÇA DE COLEÇÃO




cit de Infofedia
... a voz de Natália Correia integra a tradição "dos que os poderes estabelecidos têm tido por heréticos, heterodoxos, feiticeiros" MARTINHO, Fernando J. B. - op. cit., p. 75), igualando o poder da protagonista de Comunicação, "uma mulher a quem chamavam a Feiticeira Cotovia [...] condenada às chamas por práticas de uma magiaa maior e estranha a que ela dava o nome de Poesia" e que, no momento da sua execução, augura que o seu"corpo em chamas será o rastilho de uma fogueira que consumirá a Lusitânia ano após ano, geração após geração numa combustão invisível e prolongada pela Palavra que fulge no ponto onde todos os nomes se reúnem na Luz." (Poesia Completa, p. 174). Buscando uma "Poesia em cuja ânfora o mundo / recolhe pólen da sua idade de ouro", Natália Correia entende, deste modo, "a poesia como substância mágica desorbitada da sua funcionalidade primitiva, que o poeta desespera por restituir à sua natureza orgânica primordial, a fim de a tornar eficaz na recriação do mundo" (CORREIA, Natália, cit. in MARTINHO, FernandoJ. B., p. 74). Por isso, para Natália Correia, a palavra, narrativa, dramática ou poética, é, acima de tudo, principal agente da revolução, não daquela historicamente datada, mas da revolução permanente que sujeito impõe a si mesmo ao "acusar a história de nos ter escondido que todas as revoluções foram até hoje desnaturados exercícios da verdadeira" (de Epístola aos Lamitas, in Poesia Completa, p. 413). Pela sua ousadia verbal e temática Natália Correia foi impedida de publicar algumas das suas obras durante o regime salazarista, como é o caso das peças A Pécora e O Encoberto, violentas desmistificações de alguns dos mitos nacionais, onde o lirismo e a sátira se fundem no poder exorcizante da palavra.


Exemplar muito estimado, capa e miolo manchada de humidade.

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