João Cabral de Melo Neto
Auto do Frade: poema para vozes
Rio de Janeiro
Editora Nova Fronteira
1991
Colecção poiesis
5ª edição
Capa Victor Burton - Rep. Execução de Frei Caneca - Óleo de Murillo La Greca (detalhe).
Em Auto do frade, Cabral narra o momento em que Frei Caneca, ou frei Joaquim do Amor Divino Rabelo, figura proeminente da Revolução Constitucionalista de Pernambuco, de 1824, é levado à execução. "Que ninguém se aproxime dele./ Ele é um réu condenado à morte./ Foi contra Sua Majestade,/ contra a ordem, tudo que é nobre."
Vários rebeldes foram condenados por um tribunal militar à forca. Um fato interessante que passou para a história (embora seja discutível) foi a recusa dos carrascos em executar o Frei Caneca, mentor intelectual da revolta e uma das figuras mais carismáticas do Recife à época, que se escondeu por alguns dias no município de Abreu e Lima a época "Vila de Maricota" antes de fugir para o Ceará.
O religioso acabou sendo arcabuzado (um tipo de execução semelhante ao fuzilamento, porém realizada com bacamartes), em 13 de janeiro de 1825, diante dos muros do Forte de São Tiago das Cinco Pontas localido na cidade do Recife, ao contrário da sentença inicial que previa o enforcamento.
Muito Bom estado. Como novo
Assinatura de posse no rosto
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