Nikalai ! Nikalai ! (seguido de A Múmia )
José Rodrigues Miguéis
1ª edição - 1971
Estúdios Cor
Muito bom estado atendendo à idade
Sobre Nikalai! Nikalai !
Gostava de recordar um livro
dele que li há pouco: “Nikalai! Nikalai!”
Livro em que se conta a
história triste, dramática e ao mesmo tempo divertida, contada com o humor de
Miguéis, de dois refugiados russos, cossacos dos exércitos do Czar Nicolau
II.
Depois da Revolução de Outubro, de 17 deixam a Santa Rússia e espalham-se pela Europa.
Depois da Revolução de Outubro, de 17 deixam a Santa Rússia e espalham-se pela Europa.
Estes dois, Othon Kirílovitch Buldógov e Vladimir
Mirônovitch Tatarátsin, caem em Paris.
Ali sobrevivem num quarto imundo
minúsculo em que dividem o espaço, onde mal cabem, de um mansarda.
Vivem na miséria. Vão, quando podem, comer à Pensão russa, de
Madame Papelótskaya, para os amigos apenas Kátia Ivânovna, ex-vivandeira do
exército...
Ali se reúnem os saudosos soldados, oficiais lembrando o seu amado Nikalai, para eles espécie de D. Sebastião...
Ali se reúnem os saudosos soldados, oficiais lembrando o seu amado Nikalai, para eles espécie de D. Sebastião...
Com os olhos cheios de nostalgia da Rússia, bebendo
vodka e comendo pirojskis.
Isto, quando a Madame Papelótskaya está para ali virada, pois geralmente a comida da pensão é uma sopa aguada –o célebre bortch russo feito com bocadinhos de carne (com osso!), beterrabas, ou couves e uma colherzinha de natas ácidas...
Isto, quando a Madame Papelótskaya está para ali virada, pois geralmente a comida da pensão é uma sopa aguada –o célebre bortch russo feito com bocadinhos de carne (com osso!), beterrabas, ou couves e uma colherzinha de natas ácidas...
E umas "côtelettes" à Pojarsky ou à Pálkin, sempre iguais, de
que se queixam todos...
Mas por vezes, em ocasiões especiais, têm direito aos
pastelinhos de carne, os tais pirojkis...
Depois cantam as canções da sua terra, dançam à cossaca, agacham-se de mãos na cintura e saltam esticando as pernas, no meio da dança... E choram.
Depois cantam as canções da sua terra, dançam à cossaca, agacham-se de mãos na cintura e saltam esticando as pernas, no meio da dança... E choram.
Miguéis compreende bem os problemas dos exilados russos, ele
próprio emigrado em New-York, durante anos.
E sabe contar a história com sensibilidade e
ternura.
E o que acontece, depois?
Bem, depois, depois, depois...
Vão ler o livro! Vale a pena.
Vão ler o livro! Vale a pena.
Todos os livros dele valem a pena...
1ª edição, Editorial Estúdios Cor, 1971 ( a agora em venda )
2ª edição, Editorial Estampa, 1982
3ª edição, idem, 1985
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